A vida, desde a fecundação, é marcada por perdas, mas nenhuma que seja comparada à perda de entes por quem temos profundos laços de afeto. As perdas geram dores, no entanto, nada é tão dolorido quanto à angústia e o luto da perda de alguém que amamos. A perplexidade, o pasmo e a sensação horripilante são marcas inconfundíveis dos enlutados. A espécie humana é a única que tem consciência de sua finitude, tendo sido ao longo da História objeto de inúmeras e frutíferas especulações nos mais diversos ramos do saber: filosófico, científico, religioso e literário. Mas afinal o que é a morte? É um ponto final ou apenas uma passagem? Um recomeço? E como devemos enfrentá-la? O que acontece após a morte? Se ainda não temos respostas convincentes, é possível que estejamos diante de uma temática complexa, sem respostas. Mas nesse mundo de verdades e certezas “líquidas”, temos convicção de que ao interromper o suspiro existencial daqueles que amamos, em nós surge uma aberta e dolorida ferida chamada luto, que precisa ser cuidadosamente cicatrizada. No processo de elaboração do luto, quais emoções e sentimentos emergem? Como vivenciá-los? Que habilidades desenvolver para atenuar tamanha e imensurável dor? Será possível sobreviver ao processo de enlutamento? Há vida após o luto? Como será esse tipo de vida? Em vista disso, o livro Superando o ACD do Luto deve ser um instrumento de ajuda, de enfrentamento, a todos que um dia darão o seu último suspiro existencial. Mas enquanto esse dia não chega, que seja útil aos que forem transpassados pela dor do luto, e que, com a ajuda desta obra, consigam viver com lucidez, serenidade e resiliência.