'O supersticioso' é a primeira incursão de R. L. Stine no gênero adulto de suspense/terror após a bem-sucedida série Rua do Medo, destinada ao público adolescente. Sara Morgan, a protagonista, é uma bela jovem de 24 anos que se refaz de um relacionamento tempestuoso com Chip, um ex-namorado milionário dado a acessos de fúria. Ela abandona um excelente emprego e retorna à universidade de uma pacata cidade da Pensilvânia, onde se formou antes de ir para Nova York, em parte para cursar a pós-graduação e em parte para fugir de Chip. Durante seus estudos conhece Liam O’Connor, seu professor de folclore, irlandês extremamente culto e bem-apessoado, por quem ela desenvolve uma ardente paixão. O’Connor, recém-chegado na cidade em companhia de Margaret, sua irmã muito esquisita, corresponde aos desejos de Sara. Eles se casam e a vida idílica que levam só é perturbada de tempos em tempos pelas curiosas e obsessivas superstições que ele insiste em manter, vistas por ela como excentricidades que não comprometem o casamento. Contudo, a paz é definitivamente ameaçada quando assassinatos grotescos começam a acontecer no campus. As vítimas eram dilaceradas com selvageria, e as evidências apontavam o despreparo das autoridades na condução das investigações. Nenhuma pista elucidava a autoria dos crimes, e a violência animalesca com que os corpos eram mutilados deixavam atônitos os responsáveis pela prisão do criminoso. Sara passa a receber telefonemas anônimos que a aconselham a se afastar domarido, mas, imersa na paixão, recusa-se a dar atenção. Ela somente passa a temer por sua segurança quando percebe que todas as vítimas eram conhecidas de O’Connor. As superstições do professor irlandês são a chave para a compreensão do mistério, ordenado por Stine de forma sequencial e cada vez mais intrincada. A irmã de comportamento estranho, os rituais que Liam praticava com regularidade e precisão e o romance de Sara misturam-se numa trama meticulosa de suspense constante.