O século XX foi dominado por grandes revoluções tecnológicas. Da produção em série, com sua divisão por tarefas, ao JIT (just-in-time) e o exponencial ganho de produtividade conquistado. Com o esgotamento do comunismo/socialismo, o sistema de mercado (capitalismo) se consolidou, apoiado pela transformação dos canais de telecomunicação, especialmente com a chegada da Internet, e pelo estímulo que as informações disponibilizadas ofereceu para a explosão de consumo que se sucedeu. Neste novo cenário, ancorado por um crescimento extraordinário (o maior dos últimos 30 anos), no qual a tecnologia, de diferencial competitivo, passou a representar mero commodities, o ser humano é redescoberto e o conceito de capital intectual é assimilado e desejado pelas organizações. Pessoas/profissionais passam a significar possibilidade de inovação, de criação de diferenciais competitivos sustentáveis, fruto do rápido aprendizado coletivo que os ambientes organizacionais podem proporcionar. Um grande entrave, porém, se apresenta: como acessar tão sonhada fonte de criatividade? A resposta: com confiança. Para trocar informações, conhecimentos, é preciso confiar e, confiar demanda transparência nos relacionamentos e acesso à informações para os envolvidos. Neste sentido, este livro representa uma nova proposta, a qual enxerga no aprofundamento das relações de confiança entre pessoas, entre integrantes de uma cadeia de suprimentos, o diferencial competitivo para cada um de seus participantes, que, isolados, ainda que eficientes, provavelmente sucumbirão aos que forem capazes de se integrar. Que tal visão, na mão dos empreendedores que constroem o futuro, possa se apresentar como um novo paradigma para a sociedade do conhecimento: o paradigma do bem.