Nesta obra é explorado o contributo de algumas teorias sociais contemporâneas: as origens e os efeitos da degradação do ambiente nas sociedades modernas, e as condições sob as quais as forças políticas podem ser mobilizadas com êxito contra a degradação do ambiente. Relativamente à primeira questão é quase polémico afirmar que as transformações de ordem económica e demográfica são causas relevantes de degradação do ambiente. Contudo, vale a pena examinar, com mais atenção do que por vezes se presta, os mecanismos exactos que estas forças põem em movimento. Além de considerar estas vias de explicação já gastas, o autor examina, também o duplo papel do poder político e cultural ao favorecer a degradação do ambiente e, em raras ocasiões, ao tentar pôr-lhe termo. A emergência de movimentos políticos que tentam impedir a destruição do ambiente é um dos efeitos mais significativos da actual degradação do ambiente. Se estes movimentos conseguem, ou não cumprir a sua vocação política é outra questão. O autor, nesta obra, procura reflectir sobre as questões através de um estudo da obra de quatro sociólogos contemporâneos: Anthony Giddens, André Gorz, Jurgen Habermas e Ulrich Beck.