Tião Santos protagoniza uma incrível história de vida, que teve início no lixão de Gramacho – onde começou a trabalhar como catador desde muito cedo, seguindo os passos de sua mãe, que ali encontrou uma forma de sustentar a família –, culminando com o seu envolvimento com o trabalho de Vik Muniz, o qual deu origem ao documentário Lixo Extraordinário, indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2011.
Após essa indicação, Tião ganhou o prêmio de Personalidade do Ano de 2011 do jornal O Globo, e estrelou uma campanha da Coca-Cola incentivando a reciclagem.
Como presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, acompanhou o encerramento daquele que era o maior lixão da América do Sul, conseguindo negociar indenizações para os catadores e recolocação profissional. Falou no G20, carregou a Tocha Olímpica, está à frente do projeto Limpa Brasil e corre o país dando conferências sobre lixo e sustentabilidade. Seu sonho é entrar na universidade.
Sobre o autor: Tião Santos nasceu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em 1979. Aos oito anos pisou pela primeira vez no aterro de Jardim Gramacho, maior da América Latina, onde trabalhou como catador até seu fechamento, em 2012. Ainda jovem, liderou os principais movimentos pelos direitos dos catadores e fundou, em 2008, a primeira associação a representar a categoria no estado – que em seguida se tornou referência nacional. Ficou mundialmente conhecido em 2011, quando o documentário Lixo extraordinário – que acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz no lixão e dá destaque à sua trajetória como líder – foi indicado ao Oscar. Hoje tem sua própria empresa de consultoria e dá palestras sobre reciclagem por todo o Brasil. É casado e tem uma filha de 13 anos.