Desnecessário se faz apresentar aqui o Autor de "Timeu e Crítias". O que se fazia necessário era apresentar Platão como detentor de uma ciência muitas vezes superior à que os expertos costumam atribuir à sua época e como perfeitamente versado nos Mistérios religiosos celebrados na Antigüidade clássica, tanto na Grécia quanto no Egito. Ainda faltava uma edição destes diálogos, as primeiras obras da literatura onde se fala da Atlântida, um continente perdido sob as águas do Atlântico (que dai derivou seu nome), fundado por uma raça dos extintos Gigantes, representada na lenda por Atlas, imagem comum aos gregos e aos maias na América Central, indicando sua origem comum no oceano Atlântico, raça esta que "sustentava o mundo nas costas" (como vemos na representação da capa), por seu governo e ciência superiores. Ao longo da tradução do texto, que acompanha de perto o original grego, bem como na Introdução, procura-se fazer o paralelo que faltava entre a tradição pitagórica, tal como continuada por Platão, e aspectos da ciência moderna, que não só confirmam a sabedoria tradicional, como servem para abrir um novo diálogo com a ciência, à procura de sua Síntese.