“Trabalho e identidade em tempos sombrios” volta ao passado para reconstruir as principais idéias que o Ocidente criou a respeito do trabalho. Qual seu sentido entre os gregos? Filósofos como Aristóteles e Platão tinham uma visão do trabalho radicalmente diferente da criada pela modernidade, sobretudo graças a grandes figuras como Adam Smith, Max Weber, Karl Marx e Émilie Durkheim. E na sociedade pós-industrial, qual o sentido e o valor do trabalho? Teria ele desaparecido ou ainda podemos observar a relevância da ética do trabalho tradicional na composição de nossos hábitos subjetivos? O livro argumenta que a situação hoje em relação ao trabalho e à sua conexão com a identidade é ambígua: de um lado, o trabalho perdeu centralidade, ao menos se comparado ao período moderno, quando da vigência da sociedade industrial. De outro, porém, ele ainda preserva um papel importante na definição de quem somos, sobretudo ao nos oferecer rotinas, um papel social e uma carreira. Sobre o autor: Pedro Fernando Bendassolli formou-se em psicologia pela UNESP e obteve seu doutorado em psicologia social pela USP. Professor da Fundação Getúlio Vargas, FGVEAESP, e da Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM. Consultor especializado em processos de transformação organizacional. É editor associado da Gvexecutivo, revista de gestão e estratégia da Fundação Getúlio Vargas.