Ao parecer, Santa Catarina não escreveu de sua mão nenhuma das obras que se lhe atribuem, mas que estas são recopilações feitas por amigos e por seus discípulos. Dos anos 1520 aos anos 1525 parece datar o códice Dx, em que Ettore Vernazza, segundo se crê, escreve ou recopila ao menos os primeiros escritos da Opus Cateriniano. Em 1551, partindo do Dx e amplificando dados e lembranças, se publica em Gênova o livro da Vita mirabile et Dottrina de la Beata Caterinetta da Genova, nel quale si contiene uma utile et catholica dimostratione et dichiaratione del purgatório. Ao parecer nesta obra se unem três escritos diferentes: Vita et Dottrina, que tinha sido redatado por Cattaneo Marabotto, recolhendo dados autobiográficos de Catarina, assim como seus ensinamentos e atos; Dialogo tra anima, corpo, amor proprio, spirito, umanità e Dio; e o Trattato del Purgatório. Na apresentação desta edição princeps da Obra Cateriniana se diz que foi “recopilada por devotos religiosos”, concretamente por “seu confessor e um filho espiritual”.
O que sabemos do purgatório?
Sabemos pouco, mas esse pouco tem extraordinária importância, e podemos conhecê-lo com a certeza da fé, com a fé da Igreja católica. Dividimos em quatro capítulos a exposição presente:
— Em primeiro lugar, o Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Gênova será para nós um estímulo certamente poderoso, que nos ajudará a penetrar este alto mistério.
— Em seguida faremos uma breve exposição do Catecismo que virá a precisar-nos qual é exatamente nossa fé sobre o purgatório.
? No terceiro capítulo descreveremos algumas considerações morais sobre o purgatório.
? E, finalmente, encerraremos este livrinho recordando a importância da fé no purgatório.