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    TRÊS CONTOS - VOL. 412

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    Sinopse

    "Publicado pela primeira vez em 1877, Três contos reúne alguns dos textos mais celebrados de Gustave Flaubert (1821- 1880). “Um coração simples” passa-se na Normandia, terra natal do escritor, e conta a comovente trajetória da solitária criada Félicité. Em “A lenda de São Julião Hospitaleiro” domina o clima de conto de fadas medieval, e o tema é a violência e a religiosidade de um jovem caçador e parricida. E, em “Herodíade”, o autor recua ainda mais no tempo, para o início da Era Cristã, e mostra um profeta que é objeto da ira de judeus e romanos, e do amor de homens e mulheres. Este passeio compassivo e ficcional de Flaubert ao longo da história da humanidade foi escrito em um período difícil da sua vida. Instigado pela romancista e amiga George Sand, escreveu “Um coração simples” após a morte de Louise Colet, sua amante, em 1876. Já a redação do segundo conto foi iniciada ainda em 1875, quando o autor estava às voltas com a escrita de Bouvard e Pécuchet – que permaneceu inacabado. E, finalmente, em 1877, concluiu seu tríptico com “Herodíade”. Três contos é uma bela amostra da capacidade do autor de retratar com riqueza psicológica os personagens mais distintos. Característica levada ao ápice em sua obra-prima, Madame Bovary, também publicada na Coleção L&PM POCKET."

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788525438737
    Tradutor para link
    Pré vendaNão
    Biografia do autor"Gustave Flaubert nasceu em Rouen, na França, em 12 de dezembro de 1821, e morreu no dia 8 de maio de 1880. Filho do cirurgião-chefe do hospital local, cresceu nas imediações do hospital, entre doentes, utensílios médicos e enfermeiros. Começou a escrever ainda cedo, na mesma época em que foi reprovado nos exames da Faculdade de Direito de Paris. Seu pai, evidentemente, opunha-se às aspirações artísticas do filho. Entre 1844 e 1851, uma série de acontecimentos dramáticos desestabilizaram o jovem escritor: a sua epilepsia manifestou-se, a querida irmã, Caro­line, casou-se, o cirurgião Flaubert morreu e faleceu também a recém-casada Caroline, de febre puerperal; o jovem cunhado de Gustave enlouqueceu, e a sra. Flaubert tomou para si, sem qualquer entusiasmo, a criação dos netos. Gustave vivia como aristocrata, sem trabalhar, aproveitando a vida junto aos amigos – entre os quais Théophile Gautier e Guy de Maupassant – e junto à amante, Elisa Schlesinger (uma mulher mais velha e mãe de família). Ao voltar de uma viagem ao Oriente, em 1851, na exata metade do caminho da sua vida (Flaubert chegara então aos 29 anos dos 58 que viveria), decidiu tornar-se escritor em tempo integral. Até então, escrevera sem disciplina as obras de juventude Novembro e Memórias de um louco. Abandonou Elisa Schlesinger e estreitou relações com Louise Colet, também uma mulher mais velha, casada e mãe, que permaneceria sua amante nos 25 anos seguintes, até a morte dela. Recluso na propriedade da família em Croisset (ele ficaria conhe­cido como “o urso do Croisset”), inicia, então, a redação de Madame Bovary. Sobre a obra em gestação, escreveu a Louise: “O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada, um livro sem ligações exteriores, que se mantivesse pela força interna do seu estilo, um livro em que o sujeito ficasse quase invisível, se é que isso é possível”. Aquele que Sartre chamou de “uma espécie de semideus, que vive como um bur­guês e escreve como um artesão” trabalhou por cinco anos na história de Emma Bovary, “mulher sublime”, segundo Charles Baudelaire, que, romântica e romanesca, vê-se presa de um casamento interio­rano e insosso. O processo criativo do escritor era paciencioso, envolvendo inúmeras versões e a infatigável busca pelo mot juste (a palavra exata), que diria exatamente o que o conjunto da obra requeria, nem mais, nem menos, chegando-se a um conjunto orgânico. O romance foi publicado com o subtítulo Costumes do interior (Moeurs de province) em quatro folhetins no periódico La revue de Paris, no ano de 1856, e em dois volumes de livro pelo selo de Michel Lévy, em 1857. A temática do adultério e o tratamento realista e psicologicamente profundo das fraquezas humanas granjearam, imediatamente, tanto admiração quanto reprovação: Victor Hugo, Baudelaire, Barbey d’Aure­villy, entre outros escritores, compreenderam que o romance francês do século XIX tinha em Flaubert o seu mestre: se a poesia lírica era a voz individualíssima do artista, o romance revelava a sociedade coletiva objetiva e impesso­a­­l­­­mente, e o autor de Madame Bovary era o seu virtuose. Já as classes conservadoras escandalizaram-se com a obra: em 1857, Flaubert sofreria um processo no Tribunal de Paris por ofensa à moral pública e à moral religiosa, capitaneado por Marie-Antoine-Jules Sénard (a quem o escritor faz irônica referência na dedicatória). Dentre os trechos citados no processo, um dos mais ofensivos seria o longo passeio em um fiacre com cortinas fechadas dado por Emma e seu amante – do qual a heroína (ou anti-heroína?) sai com o vestido amarrotado. Flaubert foi declarado inocente, e Madame Bovary, “monumento de palavras”, segundo Mario Vargas Llosa, saiu do tribunal engrandecido. Flaubert, que era um niilista, criticou a todos na sua obra-prima: interioranos e parisienses, homens e mulheres, apaixonados e céticos. Como indicou o crítico Émile Faguet: “Havia em Flaubert um romântico que achava a realidade rasa demais, um realista que achava o romantismo vazio, um artista que achava os burgueses grotescos, e um burguês que achava os artistas pretensio
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    Peso140g
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    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões17.8 x 10.7 x 1
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas176
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2019
    Código Interno884057
    Código de barras9788525438737
    AcabamentoBROCHURA
    AutorFLAUBERT, GUSTAVE
    EditoraL&PM
    Sob encomendaNão
    TradutorDA ROSA SIMÕES, JULIA
    IlustradorISTOCK (ILUSTRAÇÃO CAPA)

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