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Sinopse
Na primeira delas, “Caligrafias de esculturas”, Medeiros recupera a escrita fantasiosa de Jerônimo Tsawé, um índio xavante que lhe deixou de herança uma folha coberta de linhas sinuosas que são exercícios de caligrafia. Relendo à sua maneira esses traços, o poeta cria totens gráficos que lembram objetos do universo xavante, como lianas, fumaça, linhas de pescar etc., os quais revelam uma nova maneira de comunicação entre o presente e o passado, por meio de signos que cruzam verticalmente na página, unindo os extremos.
Na segunda proposta, “Enrique Flor, o novo”, é a herança joyciana que é trazida à tona, numa homenagem à arte do músico português Enrique Flor, inventado pelo mestre irlandês no seu romance
Ulysses
. Ao cultuar a arte vegetal, Flor transita entre países desmatados (Portugal e Irlanda) e busca uma linguagem que possa reativar as antigas árvores abatidas nos dois países. Medeiros, ao retomar no livro esse personagem português, tenta imaginar como soaria no mundo atual a música mítica que Enrique Flor tocou em Dublin no início do século XX. Completa a proposta um poema “desmaterializado”, em que a atuação dos vegetais é diretamente registrada nas páginas do poema, embora, à primeira vista, essas mesmas páginas (folhas) estejam em branco.
Na terceira proposta, “[O] rio perdido”, o poeta fala de uma ninfa andina que envelhece com os rios, tornando-se finalmente uma imagem quase apagada numa rocha sobre um leito seco. Povoado de falas, o rio, ao ser descrito antes do fim, borbulha eloquentemente, trazendo na sua correnteza falas do futuro que fazem uma reflexão sobre a vida na Terra. Feito de sinais gráficos que denotam não apenas borbulhas, mas também bocas, ouvidos etc., o poema é a descrição de um rio que arrasta infinitamente sons, imagens, enigmas...
Sérgio Medeiros tem vários livros de poesia publicados. Ganhou o Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2017 na categoria poesia, com a obra
A idolatria poética ou a febre de imagens
(Iluminuras, 2017).
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573215762 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros é um poeta, artista visual, dramaturgo, ficcionista, ensaísta, tradutor e professor brasileiro. Ganhou o Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2017 na categoria Poesia, com a obra A idolatria poética ou a febre de imagens. |
Peso | 80g |
Autor para link | MEDEIROS SÉRGIO |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 19 x 14 x 6 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 218 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2021 |
Código Interno | 840456 |
Código de barras | 9788573215762 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | MEDEIROS, SÉRGIO |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |