Um belo poema pode revelar um mundo novo, pode fazer as pessoas pensarem sobre os mistérios da vida ou simplesmente deixar o leitor mais feliz. Em Um caldeirão de poemas, Tatiana Belinky apresenta textos alegres ou tristes, divertidos ou sérios; poemas que falam de aventuras, de amor, de saudade e de trabalho; composições feitas para serem lidas em voz alta ou em silêncio. Entre os poemas que podem ser declamados estão quadrinhas populares, traduzidas pela autora do russo, do inglês e do alemão, e textos da própria Tatiana, como "Cantiga famélica". Nele, uma "jacaroa" faminta devora tudo o que vê pela frente. Entre os poemas de autoria desconhecida está "O senhor Ninguém", em que crianças descrevem um homenzinho invisível que faz estripulias pela casa. Outro poema de autor anônimo é o hilariante "Problema", sobre uma centopéia que tropeça nas próprias pernas. Mas, além de divertir, a poesia também pode apresentar novas visões de mundo. Em poesia, é possível conversar com o céu, como prova um poema do escritor russo Liermontov, "A última nuvem". Nessa linguagem diferente também é possível falar de assuntos universais, como o amor, de forma sempre nova, como o fazem os poetas alemães J. W. von Goethe, em "Rosinha do prado", e Heinrich Heine, em "A Lorelei". Outros escritores consagrados que ganham tradução e adaptação no livro são Pushkin, Lewis Carroll, Walt Whitman, Bertolt Brecht e Robert Louis Stevenson.Os textos de autoria de Tatiana também são destaque nesse caldeirão. O bom humor dá o tom em poemas como "Boa minhoca", "Sem medo do medo", "Que delícia!" e em seus "limeriques" (inspirados nos limericks, poemas irlandeses tradicionais). A escrita de Tatiana Belinky consegue deixar leitores de todas as idades com a inconfundível sensação de alegria que a boa poesia é capaz de proporcionar.