Repassando trajetórias, o relato descortinou uma história de vida dentro e fora das fronteiras nacionais. As lembranças principiam nas preparações do Concílio Vaticano II e nas dinâmicas da Conferência de Estocolmo de 1972.
A narrativa evitou o monólogo. Convidando o leitor para reflexões sobre realidades de largo espectro, o texto focou experiências plenas. Relembrou fluxos migratórios, pandemias e monoculturas que subdesenvolvem a sociedade.
O Memorial narra a perda para a Inglaterra de extensão de terras do tamanho da Bélgica. A derrota brasileira na questão do Pirara foi a maior da história diplomática nacional. Vez que a Amazônia com seu povo e sua ecologia é ponto nevrálgico da docência com décadas de constatações, sublinhei o equívoco de mudar a forma da exploração florestal, mineral e agropecuária sem tocar no conteúdo dela. A Alemanha e a China desfrutaram de espaços especiais. Ambos estiveram, por longo tempo, no quotidiano do autor.
O pequeno livro memora a grande resistência cubana, a vitória do comunismo chinês e do vietnamita. Lembra a insurgência afegã, salvadorenha, a guerra pelas Malvinas, matanças em Biafra, Ruanda, Burundi, a desintegração iugoslava e, sobretudo, a queda do muro de Berlim.
Testemunha ocular da reunificação alemã, da ascensão e queda de partidos políticos, Argemiro Procópio convida amigos e colegas para defender com ele verdades não consensuais.