Um lugar que liberta, tira nossas algemas, ou nos faz sair e deixar para trás tudo sobre o mito da caverna de Platão que estávamos vivendo de forma cíclica e eterna. O mundo lá fora para quem escreve é melhor e mais livre para cada uma de nós que resolveu ser escritora. E cá estamos sendo escritoras, inclusive sendo poetisas. A poesia, que sempre me tocou, mas principalmente me assustou, por conseguir embaralhar minhas emoções e me fazer algumas vezes pensar por dias sobre algo, estava nascendo de dentro de cada autora e saindo para o mundo fora da caverna. Mesmo quando falamos de morte estamos vivendo, mesmo quando falamos de rupturas, tristezas estamos vivendo. Não que toda poesia fale de coisas tristes, esse entendimento é raso para uma escritora que saiu para escrever e publicar. Escrever poesia é ser liberta, é estar solta e desprendida. Não precisamos de sonetos alexandrinos para sermos escritoras poetisas. Precisamos apenas deixar nosso desejo de emocionar através das palavras fluir. Viver é a escolha de cada escritora que está nessa coletânea, e em cada aula que tínhamos nos era dito, liberte sua expressão, sua coragem, sinta sua liberdade que tudo fará sentido. Não precisamos de estereótipos de como é uma escritora. Devemos ser Escritoras. Não existe fórmula, existe a coragem de viver e falar em voz alta como um mantra, eu sou Escritora. Viver escritora faz sentido. E esse sentido que era dito de maneira simples, corriqueira e com muito afeto, é o que você vai encontrar em todas as páginas deste livro dedicadas à poesia. Somos Escritoras Poetisas e esta constatação é o que faz sentido para nossa liberdade.