Sinopse
Por um longo tempo o corpo foi esquecido pela história e pelos historiadores. Na história, alegou-se por muito tempo a idéia de que o corpo estava estritamente ligado à natureza, não existia como objeto cultural. Entretanto, preso entre a repressão e a liberdade, entre a Quaresma e o Carnaval, o corpo na Idade Média é o lugar de uma das principais tensões do Ocidente. Revisitando este corpo por tanto tempo “oculto”, Jacques Le Goff e Nicolas Truong apresentam em uma história do corpo na idade média o trajeto do corpo da humilhação à glória.
“Por que o corpo na Idade Média? Porque ele constitui uma das grandes lacunas da história, um
grande esquecimento do historiador. A história tradicional era, de fato, desencarnada. Interessava-se pelos homens e, acessoriamente, pelas mulheres. Mas quase sempre sem corpo. Como se a vida deste se situasse fora do tempo e do espaço, reclusa na imobilidade presumida da espécie. Com freqüência, tratava-se de pintar os poderosos, reis e santos, guerreiros e senhores e outras grandes figuras de mundos perdidos que era preciso reencontrar, engrandecer e, por vezes, até mitificar, à mercê das causas e necessidades do momento. Reduzidos a sua parte colocada à mostra, esses seres estavam despossuídos de sua carne. Seus corpos não passavam de símbolos, representações e figuras; seus atos, apenas sucessões, sacramentos, batalhas, acontecimentos. Enumerados, escritos e inscritos, como em tantas estelas que pretendem pontuar a história universal. Quanto a essa maré humana que cercava e concorria para sua glória ou seu fracasso, os nomes plebe e povo bastavam para contar sua história, seus arrebatamentos e suas atitudes, seus modos de agir e suas aflições.”
“Por que o corpo na Idade Média? Porque ele constitui uma das grandes lacunas da história, um
grande esquecimento do historiador. A história tradicional era, de fato, desencarnada. Interessava-se pelos homens e, acessoriamente, pelas mulheres. Mas quase sempre sem corpo. Como se a vida deste se situasse fora do tempo e do espaço, reclusa na imobilidade presumida da espécie. Com freqüência, tratava-se de pintar os poderosos, reis e santos, guerreiros e senhores e outras grandes figuras de mundos perdidos que era preciso reencontrar, engrandecer e, por vezes, até mitificar, à mercê das causas e necessidades do momento. Reduzidos a sua parte colocada à mostra, esses seres estavam despossuídos de sua carne. Seus corpos não passavam de símbolos, representações e figuras; seus atos, apenas sucessões, sacramentos, batalhas, acontecimentos. Enumerados, escritos e inscritos, como em tantas estelas que pretendem pontuar a história universal. Quanto a essa maré humana que cercava e concorria para sua glória ou seu fracasso, os nomes plebe e povo bastavam para contar sua história, seus arrebatamentos e suas atitudes, seus modos de agir e suas aflições.”
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788520006740 |
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Pré venda | Não |
Biografia do autor | Nicolas Truong é jornalista do Le Monde de l’Éducation, responsável pela seção “Livros”, e ex-diretor da revista literária Lettre. |
Peso | 260g |
Autor para link | LE GOFF JACQUES,TRUONG NICOLAS |
Livro disponível - pronta entrega | Não |
Dimensões | 21 x 14 x 1.2 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 208 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2006 |
Código Interno | 217899 |
Código de barras | 9788520006740 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | LE GOFF, JACQUES | TRUONG, NICOLAS |
Editora | CIVILIZAÇAO BRASILEIRA |
Sob encomenda | Não |