Tendo esgotado rapidamente a primeira edição de meu livro Umbanda dos Pretos-Velhos, tal foi o espírito que animou a editora, que estamos com mais uma edição. Como naturalmente acontece a todos os escritores, o lançamento de uma nova edição de um qualquer livro de sua autoria é, para ele, motivo lógico de satisfação, quando não seja de vaidade. Não sou eu diferente de qualquer outro e, assim, o lançamento, agora, pela Editora ECO, do meu estimado amigo Ernesto Emanuele Mandarino, desta edição de meu livro, constitui para mim motivo de satisfação incrível, de alegria imensa e, também — por que não dizê-lo?! — de vaidade. Sou, como todos os humanos, vaidoso. Não dessa vaidade condenável que leva as criaturas a olharem as demais, ou seja, os seus semelhantes, como inferiores, mas, na verdade, dessa vaidade característica dos homens que, não desfazendo dos demais, se reconhece como, pelo menos, de um pouco de utilidade aos outros com que convive ou com que tem relações de amizade. Sinto-me, portanto, feliz. Sinto-me vaidoso e, muita em especial porque, desde quando foi publicada a primeira edição de Umbanda dos Pretos-Velhos, lá pelos fins de 1966, até agora, muitos e mais precisos conhecimentos adquiri dessa maravilhosa e inigualável religião de "Caboclos", "Pretos-Velhos", "laras", "Crianças" e "Exus", muito mais aprendi de tudo o que a ela diz respeito, de tudo o que lhe constitui, na verdade, o próprio âmago. Quem tiver, porventura, lido a primeira edição, de Umbanda dos Pretos-Velhos e, ao mesmo tempo, tenha acompanhado tudo o que tenho escrito e divulgado sobre a Umbanda, desde então, uma coisa verificará: a quase totalidade dos pontos de vista que defendia em começo continua perante minha concepção quanto à Religião que pratico. Na primeira edição, por exemplo, apresentei, de minha própria idealização, uma nova classificação dos espíritos, bem diversa da apresentada pelo Codificador do Espiritismo — Allan Kardec. Ao fazê-lo, como poderá ser verificado, sempre me.