COLEÇÃO RELAÇÕES INTERNACIONAISA expansão do ensino de relações internacionais, nos níveis de graduação e pós-graduação, tem sido exponencial nos últimos anos. A coleção Relações Internacionais, lançamento da Editora Juruá, tem o propósito de prover estudantes, professores e profissionais da área com o conhecimento que resulta da expansão das pesquisas nas Universidades brasileiras.O apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, por meio do projeto integrado de pesquisa “Parcerias Estratégicas do Brasil: a construção do conceito e as experiências em curso”, financiado com recursos do Edital Renato Archer de fomento do estudo das relações internacionais e sediado na Universidade de Brasília, encontra-se na origem dessa iniciativa. A coleção Relações Internacionais reúne estudos originais resultantes de dissertações e teses selecionadas, em razão de sua originalidade e relevância, nas Universidades que mantém programas de pós-graduação, bem como obras coletivas ou individuais especialmente focadas nas parcerias operadas pelo Brasil junto a países europeus e emergentes, objetos a que se volta o Renato Archer da UnB.Em razão do elevado número de lançamentos que a Coleção programou, pretende ser ela instrumento indispensável a todos os que manuseiam o conhecimento atualizado das relações internacionais, seja com o propósito acadêmico, seja com o fim de tomar decisões nas esferas política e social, pública e privada, que engendram o modelo brasileiro de inserção internacional e sua dinâmica operacional.O espírito que norteia as publicações da Coleção coincide com o espírito de isenção, objetividade, clareza e funcionalidade que preside os estudos nas Universidades. Desse modo, põe-se o conhecimento a serviço dos atores que dele fazem uso para equipar-se de expertise com que possam alcançar interesses externos da nação ou de seus segmentos sociais, bem como reagir e equilibrar-se diante de interesses que outros países buscam realizar no Brasil.O livro analisa a política externa do Brasil na gestão do General João Batista de Oliveira Figueiredo, último presidente do ciclo militar iniciado com o Golpe de 1964. O país viveu, neste período, um processo de abertura política e de recondução do país ao regime democrático. Neste contexto, a Política Exterior da nação ficou conhecida como Universalismo – política caracterizada pela aproximação com diversos países nos quatro cantos do mundo. Entretanto, devido à crise manifestada em amplas dimensões da vida nacional, o Universalismo não se estabeleceu como unanimidade e consenso no aparato burocrático do Estado brasileiro. Houve claras manifestações de descontentamento em relação àquela Política Externa capitaneada pelo Chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. Assim, o argumento do autor centra-se na discussão e demonstração do contraste entre o Universalismo e seus críticos, buscando contribuir para o melhor detalhamento da política exterior do Brasil no período de recondução do país à democracia.