Porquê centenas de milhares de antigos combatentes americanos, mas também ingleses, franceses, canadianos, senegaleses, etc., são hoje devorados por um mal estranho, conhecido sob o nome de "síndroma da guerra do Golfo"? Porquê os militares e políticos responsáveis desse conflito recusam admitir que essas doenças estão relacionadas com esta guerra, enquanto males semelhantes atingem as populações civis das regiões envolvidas? Porquê se permitiu que as mesmas causas produzissem os mesmos efeitose se fala hoje do "síndroma dos Balcãs", de que sofrerão militares portugueses, franceses, belgas, italianos, espanhóis, canadianos, suíços...? Entre todas as causas possíveis, a utilização das armas de urânio empobrecido é frequentemente denunciada. Dois campos confrontam-se. Os que estão convencidos de que a utilização dessas armas é um crime contra a humanidade e aqueles que pensam que o urânio empobrecido não apresenta qualquer risco grave. Em quem acreditar? Foram necessários dois anos de investigação apaixonada e movimentada a Martin Meissonnier, Frédéric Loore e Roger Trilling para desenredar os fios do imbróglio, que se formou em torno deste estranho metal. Estes três jornalistas de investigação - um francês, um belga e um americano - percorreram os quatro cantos do mundo. Encontraram, interrogaram e pressionaram até ao limite todos aqueles que estavam em condições de responder às questões que cada um de nós tem o direito de se colocar.