A importância e a falta de sustança que o reflexo da imagem tem para a mulher é o foco do livro Vaidade no Feminino, da psicalista Elizabeth Bittencourt. O livro, que será lançado neste sábado, reúne uma série de artigos escritos a partir de entrevistas que ela fez com camponesas maranhenses em viagens pelo interior do Estado. Abordando a imagem como substrato fundamental para o registro do imaginário, os escritors reunidos no livro surgiram das mais diversas fontes. Alguns temas tiveram origem na prática clínicas. Outras questões vieram de seu universo pessoal e de convites para participar de eventos de psicanálise. Antes de chegar ao livro, Elizabeth havia escrito um trabalho de 400 páginas chamado " A linha da vida ou a Saída é por onde não tem porta", cujo último capítulo reunia respostas das camponesas a questões relacionadas à infância e velhice. O livro possui um conteúdo menos acadêmico, que mistura as discussões da psicanálise à criatividade da escritora, que dá voz aos "analfabetos letrados", como ela costuma nomear gente simples, mas com fina sensibilidade e sabedoria.(m3/05nov15). "Perder, ganhar, lucrar, ter prejuízo, extorquir. Isso exige um-a-mais para perder? Um-a-mais para lucrar? Um-a-mais que entra na conta do pagar, trazendo também para a roda das medidas o a-menos, que carrega consigo a falta? Falta um na cadeia discursiva que diga de mim. Caio na dúvida: pagável ou inelutável? Caio no que é preciso pagar. Dever para enlutar e cair na vida?"