"Um velho amigo, o coronel Rambure, certa vez me emprestou um manuscrito que li com vivo interesse. Eram as memórias de sua avó, falecida em 1850. A senhora Marie Rambure (nascida Sainte-Hermine) escreveu para seus netos a história intima dos membros de sua família, atores e testemunhas da terrível tragédia de que foram palco, em 1793, as províncias do oeste da França. A venerável avó, que tinha dezesseis anos na época da guerra da Vendeia, viu com seus próprios olhos a maioria dos eventos que ela relata, e essas cenas lúgubres são revividas sob sua pena com uma extraordinária intensidade de expressão." Essas palavras do padre Juan Charrual, jesuíta, dão uma ideia do que foi a vida algumas famílias, umas nobres, outras camponesas, que sofreram situações inacreditáveis por confessarem a Fé católica. Fiéis à sua divisa: "cumpre o teu dever, aconteça o que acontecer", abandonaram-se nas mãos da Divina Providência e enfrentaram seu destino com os olhos postos no Céu, conscientes de que só com a graça divina é possível combater o bom combate. Esta história particular, que mantém uma linha narrativa impressionante, dá a impressão de se estar lendo um romance de aventuras, mas com a gravidade e a emoção de sabermos que se trata de uma história real. Ela servirá de exemplo eficaz para as famílias católicas do século XXI, ameaçadas de toda parte na sua fé.