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    VERTIGEM POR UM FIO

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    Sinopse

    A diversidade dos textos aqui reunidos podem desorientar o leitor habituado à coerência austera da filosofia. Essa variedade não é fruto de preferencias pessoais arbitrarias; nasce, muito mais, da descrição de experiências múltiplas que atravessam campos coletivos heterogêneos: filosofia e cinema, psicanálise e literatura, cotidiano e/ou psicose. Mas esse itinerário reenvia à intensidade de uma mesma exigência: como não soçobrar nas delícias de uma tolerância preguiçosa, travestida de relativismo pós-moderno? >>>

    >>> E isso sem cair na posição oposta, na restauração obstinada de normas e de dicotomias exauridas? Como pensar, como viver sem repetir fórmulas gastas, que mais paralisam que ajudam?

    Enquanto se pede, muitas vezes, à filosofia e aos filósofos que nos forneçam novos valores universais seguros, os ensaios apresentados neste livro recusam essa demanda. Arriscam-se a pensar criticamente, na esteira de Marx, o cotidiano no capitalismo tardio, mas também, agora nas pegadas de Nietzsche, a desmanchar os valores privados e coletivos habituais: o trabalho, o esforço, o sucesso, as identidades afetivas e funcionais rígidas. Sem falar de todas engenhocas técnicas que o consumo nos impõe de brinde para ocultar, sob uma animação factícia, a mediocridade de nossas existências, a “vida depauperada” como diz o autor.

    Só restaria, então, o gozo de um total niilismo? Fiel, aqui também, a Nietzsche (Deleuze, Blanchot, Kafka e tantos outros), Peter Pál Pelbart evita a derradeira armadilha da complacência niilista. Ousa apontar não para “soluções positivas”, mas sim para “linhas de fuga”, isto é, estratégias – algumas vezes frágeis, mínimas, desesperadas, outras vezes exultantes ou barrocas – de insubordinacão, de resistência, de criação, cujo mapeamento atento, nas páginas deste livro, não garante o êxito, mas talvez auxilie na sua experimentação e multiplicação. Não se busca, então, como em obras mais clássicas da filosofia, persuadir o leitor, mas sim convidá-lo a acompanhar essas trajetórias e, quem sabe, a inventar outros exercícios de liberdade.


    Jeanne Marie Gagnebin



    Peter Pál Pelbart
     
    nasceu na Hungria, estudou filosofia na Sorbonne (Paris IV), traduziu para o português Gilles Deleuze, escreveu sobre loucura e doutorou-se pela USP com tese sobre o tempo. Publicou 

    Da Clausura do Fora ao Fora da Clausura: Loucura e Desrazão


     (Iluminuras, 2009), 


    Vida Capital


     (Iluminuras, 2003), 


    O tempo não-reconciliado 


    (Perspectiva, 1998) e 


    A Nau  do Tempo-rei


     (lmago, 1993).

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9788573211252
    SubtítuloPOLÍTICAS DA SUBJETIVIDADE CONTEMPORÂNEA
    Pré vendaNão
    Biografia do autorPeter Pál Pelbart é um filósofo, ensaísta, professor e tradutor húngaro, residente no Brasil. Graduado em Filosofia pela Universidade Paris IV, é mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doutor em Filosofia, pela Universidade de São Paulo e livre-docente pela PUC-SP.
    Peso123g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões23 x 16 x 4
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas224
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2021
    Código Interno113023
    Código de barras9788573211252
    AcabamentoBROCHURA
    AutorPÁL PELBART, PETER
    EditoraILUMINURAS
    Sob encomendaNão

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