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Sinopse
A história começa entre os anos 921 e 922 d.C., quando o califa da dinastia abássida Almuqtadir Billah enviou uma comitiva até o rei dos eslavos, Almas Ibn Yaltwar, que havia pedido ajuda para a construção de uma mesquita para propagar a fé islâmica nos seus domínios e de um forte para protegê-los dos inimigos. A Ibn Fadlan coube a função de secretário-geral do califa e porta-voz do “comandante dos fiéis”, o que incluía a redação de cartas e a entrega de presentes. A jornada partiu de Bagdá, chegou ao reino dos búlgaros do Volga – atual Cazã, na Rússia – e criou um vínculo inédito entre o líder islâmico e os habitantes do Norte, numa missão tanto diplomática quanto religiosa. Ao longo da narrativa fica claro que os eslavos queriam se defender dos khazares – também visitados pela expedição do califa, ou o que restou dela depois das desistências causadas pelo frio. Os khazares eram um povo de origem turca recém-convertido ao judaísmo que já então cobrava tributos dos eslavos e continuava a avançar.
Além de cumprir as funções burocráticas que lhe eram exigidas, Ibn Fa?lan apresenta relatos espantosos, como o de uma cerimônia fúnebre viking, além de várias observações de censura a hábitos ofensivos ao islamismo, como a licenciosidade das mulheres oguzes e os repugnantes ritos de higiene dos rus (os vikings migrados da Suécia), cujos corpos tatuados, por outro lado, considerou os mais perfeitos que já viu. Não escapam do desgosto do narrador os equívocos na prática da fé islâmica entre os eslavos.
Outras passagens são dignas dos melhores romances de aventura, como a travessia do frio, “com seus cavalos, mulas, burrinhos e carroças”, e o contato com o cadáver de um homem gigantesco, além de uma bela e maravilhada descrição da aurora boreal, que Ibn Fadlan vê como o enfrentamento de dois exércitos fantasmagóricos. Outro momento de tensão é a tentativa de bloquear a passagem da expedição por saqueadores oguzes. O espírito de observação do narrador, no entanto, se detém também em ricas minúcias sobre os povos visitados, como os hábitos religiosos e militares, a flora e a fauna, a indumentária, a alimentação, as regras de herança e casamento e as práticas sexuais. Chegando ao destino, a missão falha em entregar parte do prometido.
Pouco se sabe sobre a vida de Ibn Fadlan. Fragmentos do relato foram encontrados no Turcomenistão e propagados no século XIII, mas apenas em 1923 um historiador turco descobriu a versão atualmente conhecida, talvez incompleta, e editada em livro em 1939. É esse texto que a CARAMBAIA publica agora, em tradução direta do árabe feita pelo professor de literatura Pedro Martins Criado, provavelmente a primeira em língua portuguesa. A edição é bilíngue e traz apresentação histórica escrita pelo tradutor. O projeto gráfico, de Tereza Bettinardi, estampa na capa um desenho inspirado na topografia da região percorrida (presente em mapas na edição) e impresso em hot stamping holográfico, que reflete as cores conforme a incidência da luz.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788569002406 |
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Tradutor para link | CRIADO PEDRO MARTINS |
Pré venda | Não |
Peso | 230g |
Autor para link | FADLAN AHMAD IBN |
Livro disponível - pronta entrega | Não |
Dimensões | 21 x 12.5 x 1.4 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 144 |
Número da edição | EDIÇÃO - 2018 |
Código Interno | 845077 |
Código de barras | 9788569002406 |
Acabamento | CAPA DURA |
Autor | FADLAN, AHMAD IBN |
Editora | CARAMBAIA ** |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | CRIADO, PEDRO MARTINS |