"Vivendo em um mundo tão ávido por alta performance e sucesso padronizado, com perfeição e destaque sendo buscados a qualquer custo, se reconhecer e se aceitar uma pessoa diagnosticada com Síndrome do Esgotamento Profissional foi o primeiro pior enfrentamento com o qual a autora Darlene teve de lidar diante de inúmeras amarras intrínsecas.
Não bastassem tantos questionamentos internos e externos – e, mais do que sedenta, necessitada de mudanças –, Darly aceitou o convite do marido para “pausar para recomeçar” por meio de uma viagem sabática.
Em Vida em Beta, a autora traz abertos e sinceros relatos de como foi lidar com a reação e o comportamento de toda a família quando ela e o marido comunicaram a decisão de abrir mão de seus trabalhos para viajar o mundo, sem rumo, com uma mochila de 13 quilos nas costas cada e sem certeza absoluta de quando e como seria o retorno.
Darly precisou desapegar da vida de antes e se deixar levar pelas novidades e manifestações que estavam surgindo a partir do momento em que decidiu embarcar nessa jornada de coragem, desbravamento, contratempo, descobertas e insights, que a conduziram ao nascer de um novo “eu” que surgia naquele processo.
A decisão de expor sua própria jornada quase isenta de filtros e relatar a forma como, hoje, enxerga e pensa a vida e suas impermanentes circunstâncias faz com que este livro transcenda uma vivência literária – a autora não se absteve de traduzir em palavras tudo o que brotou em seu coração de maneira muito amorosa, genuína e pura, por mais íntimo e pessoal que fosse.
Além dos temas trabalho, burnout e relacionamentos familiares, espere ainda encontrar um pouco sobre planejamento financeiro de viagem, roteiro, perrengues e dificuldades culturais, relacionamentos inter e intrapessoal, ri-tuais e costumes dos locais, conexão com pessoas e novas amizades, repaginação do relacionamento com o marido, escolhas e renúncias, comidas e hospedagens em alguns lugares, e muito mais.
Não! De forma alguma o foco de Darly era a escrita de um livro de autoajuda, muito embora trazer à tona os aprendizados de sua experiência pode, por um fortuito do destino, ampliar o olhar do leitor e convidá-lo a refletir sobre sua própria realidade a partir da apresentação de outras formas de ser e estar no mundo e da desautomatização do cotidiano.
Bora arrumar as malas e viajar junto?"