Quanto à apresentação dos espíritos desencarnados aos médiuns, esclarece-nos o espírito André Luiz, na obra Evolução em Dois Mundos, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira: “Aspecto que as entidades desencarnadas assumem perante os médiuns humanos, quando se comunicam na Terra, pode variar infinitamente. Os espíritos superiores, pelo domínio natural que exercem sobre as células psicossomáticas, podem adotar a apresentação que mais proveitosa se lhes afigure, com vistas à obra meritória que se propõem a realizar. Entretanto, essa maneira de intercâmbio não é a mais comum, porque, de modo geral, os desencarnados impressionam os instrumentos encarnados na forma em que efetivamente se encontram” ( obra citada, segunda parte, item V). A expressão, pois, que vimos em Gênesis, XVIII, 2, “...e, tendo levantado os olhos, apareceram-lhe (a Abraão) três homens que estavam de pé junto dele;...” é tão natural quanto a do médium vidente, hoje, que nos relata estar presente o espírito de um parente, ou de um amigo. Muitas vezes no Velho Testamento a linguagem é figurada, já o dissemos. Os relatos nos mostram que a comunidade de um espírito superior era tida como se fosse uma comunicação do próprio Deus.