Depois de celebrar a Páscoa, Jesus e seus discípulos cantaram um hino e saíram para o Getsêmani. Naquele jardim Jesus dobrou seus joelhos e clamou: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice, contudo não seja feita a minha vontade, mas a tua”. Orou intensamente: seu suor, como gotas de sangue, banhou o solo do Getsêmani. Do jardim do Getsêmani somos levados ao Gólgota. Não há sol, não há verde, não estão presentes as cores do jardim. Tudo é cinza. Há o madeiro, para lembrar que estamos aqui para destruir os jardins de Deus. Mas é ali no Gólgota que o Pai começa a revolver o campo da história humana. Deste solo exaurido, deste solo queimado, deste solo repleto de pragas, ele fará brotar a vida. Olhar para o solo com a semente sepultada e imaginar que um dia ali haverá um jardim é ato de fé. Viver no poder da ressurreição é saber que Deus está trabalhando este campo exausto e árido que chamamos de história humana. Viver no poder da ressurreição é abrir-se para que Deus cultive aquele que é o jardim dos jardins – o coração humano. Viver no poder da ressurreição é viver na certeza de que nada de belo e bom cresce no coração humano sem a presença do amor. Trigo e videira. Pão e vinho. Amor e entrega. Plantas eternas no jardim da ressurreição. Que você as encontre nas páginas deste livro.