A trajetória do documentarista Vladimir Carvalho é iluminada pelo crítico de cinema Carlos Alberto Mattos em Pedras da Luz e Pelejas no Planalto. Logo no início, Mattos descreve como Carvalho foi precursor de dois momentos importantes da cinematografia brasileira- o Cinema Novo e, após sua mudança para a capital federal, o florescimento de um cinema tido como legitimamente brasiliense. No livro, pela própria voz de Carvalho, entende-se como ele procurou equilibrar suas origens nordestinas com o concreto armado do Distrito Federal em uma trajetória artística única.Partindo do que Mattos descreve como um movimento pendular entre sua terra natal e sua terra adotiva, Carvalho produziu filmes imprescindíveis como Conterrâneos Velhos de Guerra, Barra 68 - sem perder a ternura e O Engenho do Zé Lins. A cada novo filme, o cineasta brasiliense de origem paraibana busca um entendimento profundo acerca de cada tema que pretende abordar tal entendimento sempre surge amparado por uma forma de inquietação.