O melhor momento para falar das experiências é sem dúvida aquele em que elas já estão prontas, após as etapas de observação, experimentação, comprovação e outras sucessivas. E quando exatamente as experiências ficam prontas? Isso cada um há de saber! José de Barros Netto, este autor de lá da Nhecolândia, de lá do Pantanal, sentiu que era chegado o momento de falar. E, de repente, esse homem viu-se de caneta na mão, e o pensamento ao léu. Suas experiências, então, já estavam prontas e esperavam que ele começasse a falar da Nhecolândia, do Pantanal e de como tudo lá se sucedeu conforme a Vontade Natural. O Pantanal que aqui nos é mostrado, até agora, nunca nos foi apresentado. E como poderia ser de forma diferente? Pois, para mostrá-lo, não basta o estudo aprofundado ou a investigação ín loco, tampouco o conhecimento filosófico ou o perfeito domínio da escrita. Para trazer o Pantanal à nossa presença, é preciso falar sobre ele como quem fala da sua vida ao amigo, à árvore, ao pássaro que um dia ouviu cantar. Dentro desse Pantanal está a Nhecolândia e ali está a Natureza, que revela a Vontade Natural, que é a força criadora de tudo. Eis o que havia de ser dito. Eis as experiências de José de Barros Netto, num momento em que ele não podia deixar de falar sobre elas nem deixar de, por escrito, mandar para nós toda a natureza pantaneira: o cerrado, as áreas alagadiças, os animais em extinção, as vazantes, o gado, as queimadas, os vaqueiros, os roceiros... problemas e felicidades.