Há longo tempo, múltiplas informações afirmam a existência de uma civilização no interior da Terra. Esta obra de Bullwer-Lytton, provavelmente a mais famosa existente sobre o tema, narra a aventura de um protagonista que, ao explorar a profundeza de uma mina, ingressa sem querer em pleno domínio de uma civilização avançada que ali se refugiara de uma catástrofe, num tempo imensurável. Sua existência fora então garantida pela fonte inexaurível de uma energia ainda desconhecida na superfície – o vril. Com ela, todos são supridos de luz, força motriz, meios de defesa e, sobretudo, de uma fonte de vigor e juventude.
Ficando praticamente refém dos vril-ya – como eles se autodenominam –, o curioso egresso da superfície vai conhecendo, de surpresa em surpresa, o avançado modelo social daquela cultura: uma sociedade igualitária, sem classes, com direitos superiores garantidos às mulheres (algo impensável à época de Bullwer-Lytton), sem escravos, sem pobres, e com um sistema modelar de educação. Um extraordinário modelo para o mundo do futuro.
Mas as aventuras do homem da superfície vão bem mais além. O leitor irá deleitar-se com o envolvimento romântico das jovens desse mundo misterioso com o estranho visitante e as peripécias que lhe permitirão retornar para nos contar sobre o fascinante mundo intraterrestre e seus poderes.
Que surpresas nos reserva o futuro, se essa informação for real? Este instigante relato do mesmo autor de Zanoni, Rienzi e Os Últimos Dias de Pompéia, nos leva a projetar um futuro possível para nossa civilização, e ao menos sonhar com ele durante a leitura destas páginas.